O MEC (Ministério da
Educação) lançará no próximo domingo (17) um programa de acompanhamento acadêmico para negros, indígenas e deficientes físicos nas instituições de ensino superior federais. O lançamento oficial será feito
pelo ministro Aloizio Mercadante durante o I Fórum Nacional de Alunos Cotistas,
em São Paulo.
Intitulado
Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias do Nascimento, o objetivo é ajudar
essas populações a ingressarem na pós-graduação. Dentro do programa devem
constar bolsas de intercâmbio acadêmico, apoio para o aprendizado de língua
estrangeira e aulas complementares durante a graduação.
"Queremos
mudar o cenário da pós-graduação no Brasil para garantir equidade racial",
afirmou Macaé Evaristo, da Secadi (Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão) do MEC. "É preciso fazer uma
política afirmativa para que esses estudantes possam acessar a pós”.
"O
programa de fomento para estudantes negros e indígenas à pós-graduação pretende
que esses alunos possam chegar a ser professores negros e indígenas nessas
universidades", disse Macaé, que está presente ao Fórum de Alunos
Cotistas. "Democratizar a educação é democratizar também o corpo
docente."
1 ano da lei de cotas
Em
2013, as universidades federais incluíram 46.138 (32.5%) estudantes por meio da
Lei de Cotas. Do total de ingressantes, 17,8% são pretos, pardos ou indígenas.
Mais de 27.500 dos alunos que entraram por meio da Lei de Cotas tem renda menor
que 1,5 salários mínimos.
Para
garantir a permanência desses cotistas, o MEC criou uma bolsa que atende alunos
com renda de até 1,5 salários mínimos em cursos com carga horária de mais de 5
horas. São auxílios de R$ 400 e, segundo estudos do ministério, até o final do
ano terão sido distribuídas 4 mil bolsas de permanência.
Outras
2 mil bolsas específicas para indígenas e quilombolas também terão sido
distribuídas, os auxílios a esse grupo é de R$ 900 mensais. Para
Macaé Evaristo, a diferença entre a demanda (número de alunos carentes) e
auxílios concedidos pelo MEC pode ser suprida por bolsas concedidas pelas
universidades. "Temos o Pnaes Plano Nacional de Assistência Estudantil,
que é um dinheiro para auxílio moradia, alimentação e bolsas", explicou a
secretária.
Fonte; http://educacao.uol.com.br/noticias
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