sexta-feira, 15 de novembro de 2013

MEC lança programa de intercâmbio e acompanhamento para negros e indígenas



O MEC (Ministério da Educação) lançará no próximo domingo (17) um programa de acompanhamento acadêmico para negros, indígenas e deficientes físicos nas instituições de ensino superior federais. O lançamento oficial será feito pelo ministro Aloizio Mercadante durante o I Fórum Nacional de Alunos Cotistas, em São Paulo.

Intitulado Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias do Nascimento, o objetivo é ajudar essas populações a ingressarem na pós-graduação. Dentro do programa devem constar bolsas de intercâmbio acadêmico, apoio para o aprendizado de língua estrangeira e aulas complementares durante a graduação.

"Queremos mudar o cenário da pós-graduação no Brasil para garantir equidade racial", afirmou Macaé Evaristo, da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) do MEC. "É preciso fazer uma política afirmativa para que esses estudantes possam acessar a pós”.

"O programa de fomento para estudantes negros e indígenas à pós-graduação pretende que esses alunos possam chegar a ser professores negros e indígenas nessas universidades", disse Macaé, que está presente ao Fórum de Alunos Cotistas. "Democratizar a educação é democratizar também o corpo docente."

1 ano da lei de cotas

Em 2013, as universidades federais incluíram 46.138 (32.5%) estudantes por meio da Lei de Cotas. Do total de ingressantes, 17,8% são pretos, pardos ou indígenas. Mais de 27.500 dos alunos que entraram por meio da Lei de Cotas tem renda menor que 1,5 salários mínimos.

Para garantir a permanência desses cotistas, o MEC criou uma bolsa que atende alunos com renda de até 1,5 salários mínimos em cursos com carga horária de mais de 5 horas. São auxílios de R$ 400 e, segundo estudos do ministério, até o final do ano terão sido distribuídas 4 mil bolsas de permanência.

Outras 2 mil bolsas específicas para indígenas e quilombolas também terão sido distribuídas, os auxílios a esse grupo é de R$ 900 mensais. Para Macaé Evaristo, a diferença entre a demanda (número de alunos carentes) e auxílios concedidos pelo MEC pode ser suprida por bolsas concedidas pelas universidades. "Temos o Pnaes Plano Nacional de Assistência Estudantil, que é um dinheiro para auxílio moradia, alimentação e bolsas", explicou a secretária.

Fonte; http://educacao.uol.com.br/noticias

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