quarta-feira, 28 de agosto de 2013

TI Awá: Ministério da Justiça garante que "dialogará" com os produtores rurais antes de expulsá-los



Representantes do segundo escalão do Ministério da Justiça receberam, nesta quarta-feira (28/8), uma comitiva do grupo de produtores rurais que será expulso da área demarcada pela Funai como Terra Indígena Awá para tratar do processo de desintrusão. “Nosso temor é que 1.200 famílias sejam retiradas de uma região que já habitavam antes da homologação da Terra Indígena, temos que criar uma mesa de discussão”, disse o Deputado maranhense Weverton Rocha, que acompanhou os produtores.

Também presente a reunião, Dr Luis Campos, advogado dos produtores rurais, demonstrou que ainda há recursos tramitando na justiça, principalmente no que tange a avaliação e indenização das benfeitorias realizadas pelos pequenos produtores. “As demarcações não foram realizadas como a sentença determinou” relatou o advogado, em relação a não colocação dos marcos, placas e picos exigidos para demarcar Terras Indígenas.

Os assessores do Ministério, Marivaldo Pereira e Marcelo Veiga, garantiram que todo o processo de expulsão dos produtores será realizado com diálogo e transparência, onde também serão ouvidos milhares de pequenos produtores rurais. Os assessores teriam dito que aos produtores estariam garantido por lei a avaliação e indenização das benfeitorias realizadas pelos produtores. É mentira. A maioria dos ocupantes da TI Awá foi considerada ocupantes de "má-fé" e, assim como o pessoal da Suiá-Missu, será escorraçado com uma mão na frente e um cassetete atrás.

“O clima de terrorismo e coação é totalmente danoso para o Governo, não permitiremos atitudes ilegais em qualquer fase da operação”, ressaltou o assessor Marcelo Veiga. Os assessores não deram qualquer informação sobre o plano de desintrusão muito menos sobre o plano de reassentamento das famílias que serão escorraçadas da TI Awá.

Vai ser outro massacre dialogado.

Fonte; Questão Indígenas

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