segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Governo adia reunião sobre solução e frustra produtores e índios em MS



Aguardada há 45 dias como a data em que o governo federal apresentaria a proposta para resolver a disputa entre fazendeiros e índios, o 5 de agosto é de frustração em Mato Grosso do Sul. Ao contrário do que divulgado em 20 de junho, pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, não há reunião agendada para hoje.

De acordo com Lindomar Ferreira, representante dos terenas, a Funai (Fundação Nacional do Índio) informou que a reunião será na próxima quarta-feira, dia 7. Segundo ele, é mantida a esperança do fim do grave conflito fundiário. “Mas se vier com conversa fiada não vamos aceitar não, promessas”, afirma.

O líder indígena também desaprova a possibilidade de arrendamento de fazendas nos 15 mil hectares da terra denominada Buriti. No dia 20 de junho, a proposta era comprar a área, cujo valor de indenização seria apresentado nesta segunda-feira.

“Vai arrendar a sua própria terra. Não vai resolver a situação, com insegurança para ambas as partes”, salienta.

Assessor jurídico da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária), o advogado Gustavo Passarelli relata que há 20 dias, durante reunião em Brasília, foi apontado que a reunião não seria mais dia 5 de agosto. No entanto, não foi agendada nova data. “Foi dito que seria difícil de cumprir, devido à complexidade”, relata. A reunião citada ocorreu no Ministério da Justiça.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, afirma que aguarda contato do governo federal. Segundo ele, havia possibilidade de o governador André Puccinelli (PMDB) fazer reunião hoje.

“Acho que não convém nos posicionar sobre coisas que o ministro ainda não se posicionou”, diz. De acordo com a assessoria de imprensa do governo do Estado, não há reunião agendada hoje com representante da União.

Com trabalho em paralelo, comissão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) identificou 53 áreas em disputa no Estado. Para indenizar por todas, o custo chegaria a R$ 1 bilhão.

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