quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Instituições propõem fundo para indígenas



A mesa redonda que discutiu a sustentabilidade e ética da sucroenergia, na segunda-feira, na Assembleia Legislativa, apresentou algumas propostas que deverão ser analisadas pelas instituições envolvidas, a maior parte referente à preocupação com a comunidade indígena, considerada a maior colaboradora da atividade. 

Também foram sugeridas criações de fundações nas universidades públicas para tratar da questão e participação de instituições de pesquisa no fornecimento de tecnologia para as comunidades indígenas. Instituições ligadas à indústria da cana-de-açúcar apresentaram melhorias e ações que proporcionam às comunidades estabelecidas nos entornos das usinas.

O mediador da mesa redonda, Vito Comar, do Instituto do Meio Ambiente e Desenvolvimento (Imad), destacou a preocupação dos participantes do evento para com soluções que representem a vontade das comunidades envolvidas com o plantio, colheita e processamento da cana-de-açúcar, tanto nas cidades onde estão localizadas as usinas, quanto no campo e aldeias indígenas as áreas de plantio e colheita.

Segundo Comar, as universidades ainda não estão participando de ações junto às comunidades e deveriam identificar lideranças indígenas para a busca de um sentido comum de integração com os setores sucroenergéticos. “Há necessidade de projetos pilotos para se concretizar em condições de responsabilidade”, afirmou.

O indígena Anastácio Peralta sugeriu que seja criado um fundo financeiro a com recursos das indústrias para auxiliar os povos indígenas em suas atividades de sobrevivência e na recuperação do meio ambiente, que seria administrado por um colegiado de parceiros, decidindo como resolver os problemas.

O deputado estadual Laerte Tetila (PT), concordou com a criação do fundo e defendeu a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na transferência de tecnologia – sementes, mudas e cultivo de produtos importantes para a cultura indígena, como banana, mandioca e milho. “Sabemos que a Embrapa domina tecnologias nesses produtos e o que vemos nas aldeias e reservas, são bananas minguadas e lavouras que não produzem como deveriam”, afirmou.

Ele também sugeriu a formação de equipes de apoio nas usinas para colaborar na recuperação de máquinas, tratores e implementos dos índios, muitas vezes parados por falta de uma peça, de combustível. “Sabemos que as usinas podem contribuir, com responsabilidade compartilhada”, afirmou.

Representando a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Luís Alberto, ressaltou que a classe está aberta ao diálogo e concorda na soma de esforços com as comunidades indígenas para resolver os conflitos por terra.

Fontes; O progresso Atualizado em 15/08/2013 08h28

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