A
mesa redonda que discutiu a sustentabilidade e ética da sucroenergia, na
segunda-feira, na Assembleia Legislativa, apresentou algumas propostas que
deverão ser analisadas pelas instituições envolvidas, a maior parte referente à
preocupação com a comunidade indígena, considerada a maior colaboradora da
atividade.
Também
foram sugeridas criações de fundações nas universidades públicas para tratar da
questão e participação de instituições de pesquisa no fornecimento de
tecnologia para as comunidades indígenas. Instituições ligadas à indústria da
cana-de-açúcar apresentaram melhorias e ações que proporcionam às comunidades
estabelecidas nos entornos das usinas.
O
mediador da mesa redonda, Vito Comar, do Instituto do Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Imad), destacou a preocupação dos participantes do evento para
com soluções que representem a vontade das comunidades envolvidas com o plantio,
colheita e processamento da cana-de-açúcar, tanto nas cidades onde estão
localizadas as usinas, quanto no campo e aldeias indígenas as áreas de plantio
e colheita.
Segundo
Comar, as universidades ainda não estão participando de ações junto às comunidades
e deveriam identificar lideranças indígenas para a busca de um sentido comum de
integração com os setores sucroenergéticos. “Há necessidade de projetos pilotos
para se concretizar em condições de responsabilidade”, afirmou.
O
indígena Anastácio Peralta sugeriu que seja criado um fundo financeiro a com
recursos das indústrias para auxiliar os povos indígenas em suas atividades de
sobrevivência e na recuperação do meio ambiente, que seria administrado por um
colegiado de parceiros, decidindo como resolver os problemas.
O
deputado estadual Laerte Tetila (PT), concordou com a criação do fundo e
defendeu a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) na transferência de tecnologia – sementes, mudas e cultivo de
produtos importantes para a cultura indígena, como banana, mandioca e milho.
“Sabemos que a Embrapa domina tecnologias nesses produtos e o que vemos nas
aldeias e reservas, são bananas minguadas e lavouras que não produzem como
deveriam”, afirmou.
Ele
também sugeriu a formação de equipes de apoio nas usinas para colaborar na
recuperação de máquinas, tratores e implementos dos índios, muitas vezes
parados por falta de uma peça, de combustível. “Sabemos que as usinas podem
contribuir, com responsabilidade compartilhada”, afirmou.
Representando
a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Luís
Alberto, ressaltou que a classe está aberta ao diálogo e concorda na soma de
esforços com as comunidades indígenas para resolver os conflitos por terra.
Fontes; O progresso Atualizado
em 15/08/2013 08h28
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