Um
grupo de trabalho, formado por técnicos da Agraer (Agência Estadual de
Desenvolvimento Agrário) e da SPU (Secretaria do Patrimônio da União), inicia,
amanhã (10), os estudos para definir o valor da indenização das terras
indígenas da reserva Buriti, em Sidrolândia, a 70 quilômetros.
O
começo do levantamento foi definido em reunião realizada hoje no Centro de
Múltiplo Uso em Sidrolândia, que reuniu produtores rurais, índios e os
representantes da Agraer, Humberto Maciel, da SPU, Carlos Pussolli Neto, e da
Funai (Fundação Nacional do Índio), Marco Aurélio Tosta.
Eles
definiram que o levantamento começa amanhã. No entanto, o grupo de trabalho vai
visitar as 31 fazendas a partir de segunda-feira. Eles deverão concluir o
levantamento em novembro deste ano.
Este
levantamento vai estabelecer o preço das áreas, incluindo a terra nua e
benfeitorias. Estima-se que a área pode custar em torno de R$ 150 milhões. No
entanto, índios e produtores rurais estão céticos sobre o resultado do grupo
criado pela presidente Dilma Roussff (PT) para solucionar o problema da luta pela
terra na Reserva Buriti.
Jânio
Geraldo, representante dos índios, disse que o grupo está cansado de enrolação
da União. No entanto, eles não querem mais a morte de nenhum indígena na luta
pela terra, como aconteceu com Oziel Gabriel Alves, no dia 30 de maio deste
ano, quando houve confronto com a polícia durante a desocupação.
Já os
produtores temem a falta de dinheiro pelo Governo federal, como foi apresentado
pelo produtor rural Lincon Curado.
Os índios ameaçam bloquear a BR-163, entre Campo Grande e Bandeirantes, caso a situação não chegue a uma resolução definitiva.
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