Torna-se
cada vez mais popular e unificada a campanha de reforma política encabeçada por
entidades da sociedade civil. Com o apoio de cerca de 100 entidades
representativas, o projeto passará a contar também com a adesão dos povos
indígenas do Maranhão.
O
anúncio de apoio foi realizado no do lançamento da Campanha Eleições Limpas nas
terras indígenas Araribóia, na sexta-feira passada (13), em encontro promovido
pela Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do
Maranhão (COAPIMA) em parceria com a Rede de Gestão Ambiental do Maranhão
(REGEAMA).
Sediou
o encontro a Aldeia Lagoa Comprida, localizada no município de Amarante,
Maranhão. De acordo com a COAPIMA, nas terras Araribóia residem cerca de 8 mil
indígenas, em sua maioria das etnias Guajajara e Awá-Guajá, que são povos
coletores e caçadores, mas atualmente cercados por latifúndios, criadores de
gado, madeireiros e centenas de posseiros, estão entre os povos indígenas mais
ameaçados do planeta.
A
Fundação Nacional do Índio (FUNAI) calcula que no Brasil, o número de índios
esteja em torno de 817 mil. Desses, cerca de 150 mil têm documentos para votar.
Participando ativamente das lutas sociais, aos poucos os índios também passam a
ocupar cargos políticos, a fim de elevar suas bandeiras e a luta dos povos
indígenas.
Coalização Democrática por
Eleições Limpas
Composta
por mais de 100 entidades da sociedade civil, entre elas a Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a Coalização Democrática por
Reforma Política e Eleições Limpas tem como principais pontos de sua proposta:
1) afastar a influência do poder econômico das eleições,
proibindo a doação de empresas;
2) necessidade de
reformular o sistema político, incluindo a questão de gênero e estimular a
participação dos grupos sub-representados;
3)
regulamentação do artigo 14 da Constituição, em favor da democracia direta;
4) melhorar o sistema político partidário, aumentando a
participação de militantes e filiados em torno de um programa político;
5) fidelidade partidária programática.
Fonte;
Mariana Castro - Assessoria
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