quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Abandono de escolas indígenas em Bom Jardim é alvo de reclamações



Cupim, sujeira, teto desabando, falta de estrutura. Esses são alguns dos problemas enfrentados, nas escolas, pelos estudantes da Reserva Indígena Guajajara em Bom Jardim, uma situação que tem tirado o sossego de pais e também de professores.

O que foi encontrado em algumas escolas foi uma situação de abandono, a maioria dos prédios estão a vários anos sem passar por nenhuma melhoria, no ano passado apos varias reuniões com a FUNAI, Universidades e representantes de diversas etnias indígenas o MP elaborou um termo de ajustamento de conduta, onde ficou defendido que o estado iria fornecer toda a estrutura necessária para o funcionamento das escolas indígenas no Maranhão, Mas até agora nada foi feito.

"Na pratica só o que foi feito foi o levantamento da real situação da estrutura física dos prédios escolares nas aldeias e de como funciona as escolas, apenas isso, mas providencias nada, apenas é dito que estão encaminhados os processos que estão tramitando, mas sabemos que já deu tempo para SEDUC resolver caso quisesse os problemas das aldeias". Disse Flauberth professor de uma das aldeias.

De acordo com o termo de compromisso firmado com o Ministério Publico Federal, a Secretaria de Estado de Educação tinha um prazo de 10 meses a partir da data da assinatura do documento para cumprir as determinações.

Na aldeia Januária em Bom Jardim, funciona a escola polo, onde estudam mais de 300 alunos, o corpo docente e composto por 33 professores que se desdobram para alfabetizar crianças, jovens e adultos com as poucas condições oferecidas.

Mais adiante na aldeia tabocal, a situação é pior, a escola foi construída a quase 15 anos e durante esse período nunca foi reformada, os cupins tomam conta das paredes, e o telhado esta vindo abaixo.

"Se nao for a  gente pra tomar iniciativa para que as coisas melhorem, nada é feito, apesar que até eu ja deu vontade desistir da educação indígena. Disse Dejacy que tambem é um dos professores da aldeia.

A cada ano, a quantidade de estudantes só aumenta, o que se torna uma preocupação também para os pais. "Não tem zelador, nao tem merendeira, nao tem merenda, nao tem nada, só tem os professores e ainda dou graças a deus que tem eles pra ensinar nossa crianças". Disse dona Maria Zulmira Guajajara que é lavradora e mãe de aluno.

A unidade regional de Santa Ines informou que as soluções para os problemas das aldeias ja estao sendo providenciadas, e algumas medidas já serão colocadas em pratica este ano.

Tv Mirante e complementos www.bomjardimma.com




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