Parte dos cerca de 150 índios mundurukus que desde
a segunda-feira ocupam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em
Brasília, deixou o prédio no início da tarde desta terça-feira e
seguiu, a pé, pela Esplanada dos Ministérios, em direção ao Palácio do
Planalto.
O grupo munduruku é o mesmo que já ocupou o principal canteiro de
obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a cerca de 55 quilômetros de
Altamira (PA). Os integrantes pedem a suspensão dos empreendimentos
hidrelétricos na Amazônia.
Os índios, que chegaram a Brasília há uma semana
para se reunir com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República,
Gilberto Carvalho, exigem ser recebidos pela presidente Dilma Rousseff e
pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
O restante do grupo permanece reunido na sede da
Funai, impedindo inclusive a entrada dos servidores do órgão indigenista
vinculado ao Ministério da Justiça. Segundo a assessoria do Conselho
Indigenista Missionário (Cimi), a ocupação do prédio foi decidida após o grupo
ter esperado, por cerca de seis horas, para ser recebido pela
presidente interina da Funai, Maria Augusta Assirati.
Ex-diretora de Promoção ao Desenvolvimento da
Funai, Maria Augusta assumiu ontem a presidência da fundação, em substituição à
antropóloga Marta Azevedo, que pediu exoneração na última sexta-feira,
alegando motivos de saúde.
Ainda segundo a assessoria do Cimi, os índios
queriam se reunir com Maria Augusta para pedir transporte para retornarem ao
Pará. Eles também queriam entregar à presidente da fundação cópia do
documento com as reivindicações que apresentaram ao ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho.
Fonte; noticias.terra.com.br
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