segunda-feira, 17 de junho de 2013

André Puccinelli espera que na volta a MS quinta-feira ministro defina compra de áreas para indígenas



O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, exatamente duas semanas depois de sua primeira visita a Mato Grosso do Sul para intervir no conflito entre fazendeiros e índios terena da Reserva Buriti, estará de volta ao Estado na quinta-feira (20) e a expectativa é de que esta nova incursão ao solo sul-mato-grossense traga resultados efetivos. O governador André Puccinelli não tem dúvida de que finalmente o Governo Federal terá de apresentar uma proposta concreta para resolver o impasse, que obrigatoriamente passará pela compra das fazendas localizadas dentro dos 17 mil hectares reivindicados como terra indígena.

“Conversei com o ministro e disse-lhe, juntamente com o secretário de Justiça e Segurança pública, Wantuir Jacini, que não poderíamos ficar somente naquelas palavras e no sobrevoo que fizemos na área do conflito”, disse o governador ao se referir a vinda do ministro Eduardo Cardozo a Capital no último dia 5 de junho.

A reunião que acontecerá às 16 horas vai contar a presença do governador, o ministro da Justiça, a FUNAI – Fundação Nacional do Índio, o Ministério Público Federal. “Vamos nos reunir para que se resolva de vez a possibilidade da União de comprar terras. Querem dar terras para os índios? Eu concordo, comprem-nas daqueles proprietários de fato e de direito e distribuam-nas”, enfatizou Puccinelli.

Pelos cálculos da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), as 38 fazendas reivindicadas pelos terena, localizadas entre Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, estão avaliadas em R$ 145 milhões. O deputado Reinaldo Azambuja (PSDB), que junto com os demais integrantes da bancada federal, participou de uma reunião com quatro ministros para discutir a questão, não acredita que o Governo Federal vai seguir rigorosamente os laudos antropológicos da FUNAI na hora de definir o tamanho da área a ser comprada para incorporar as reservas indígenas. "Vai pesar no bolso, Brasília não vai levar em conta apenas estes laudos fraudulentos", observa.

De qualquer forma, a impressão dominante é de que diante do clamor provocado pela morte do terena Oziel Gabriel, no confronto com a Polícia durante a reintegração de posse da Fazenda Buriti no último dia 30 de maio, o Governo Federal vai buscar uma solução de curto prazo para a demarcação das terras reivindicadas pelos terena em Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana.  Mesmo porque, a Força Nacional não poderá ficar para sempre região para evitar novos confrontos. A tropa inicialmente  foi requisitada por 30 dias.

Por enquanto a presença dos policiais apenas adia o potencial de conflitos. Sem contar que as decisões judiciais determinando a reintegração de posse das fazendas Cambará e Buriti, não foram anuladas, estão suspensas diante do clima tenso criado após o desfecho violento da tentativa de reintegração de posse da Fazenda Buriti no último dia 30 de maio, quando morreu o terena Oziel Gabriel no confronto com a Policia Federal. 

Postado por; Notícias MS



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