quinta-feira, 6 de junho de 2013

Educação indígena no Maranhão é deficiente



Não há como negar que a educação escolar indígena no nosso Estado e no Brasil se deu de forma abrupta, vertical, e por decreto. Não houve desde o início, por parte de ambos, formas de diálogo e ou tentativas de conhecer as expectativas e os desejos que os povos indígenas esperam das “escolas” genericamente entendidas que se implantam.

Aqui não se trata de negar aos povos indígenas aquelas ferramentas que hoje são consideradas essenciais para a sua ‘sobrevivência política e para a sua plena realização étnica, ou seja, saber ler, escrever, produzir e sistematizar conhecimentos, mas favorecer e facilitar para que sejam ‘os indígenas’ a definir os modelos, a metodologia, os tempos e os conteúdos de seus próprios processos educacionais. Isto requer, sabidamente, dedicação e paciência histórica, o que não existe num Estado colonial que tem pressa em implantar uma cidadania monocultural e achatada.

Segundo a Coapima, não existe uma política de educação escolar indígena no estado do Maranhão, cuja responsabilidade é do orgão executor, nesse caso a Secretaria de Estado da Educação.

A Coapima afirma que o quadro é caótico: as escolas não funcionam, não existem material didático e escolar, os recursos de transporte e merenda escolar são aplicados indevidamente e os programas de formação de professores e educação continuada são desconhecidos. A entidade critica o Governo do Estado por se recusar a celebrar convênios com instituições de 3º grau indígena e diz que as decisões tomadas não passam pelo crivo do Conselho Estadual de Educação Indígena. São situações que colocam o Maranhão como o pior estado da Federação no trato com a questão da educação escolar indígena.

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