Cerca de
1,2 mil indígenas da etnia terena continuam na Fazenda Esperança no
Distrito de Taunay, em Aquidauana, a 130 quilômetros de Campo Grande. Mesmo com
o prazo de desocupação vencido desde a última quinta-feira (27), os terenas
garantem que não irão sair do local e se preparam para o possível confronto com
os policiais federais e da Tropa de Choque.
O índio
Pedro Terena afirmou que estão aguardando uma possível negociação com as
autoridades e os proprietários para permanecerem nas terras. Todos os dias eles
se reúnem e ficam na expectativa por uma decisão favorável, caso seja contrária
pode haver um novo confronto. “Não vamos sair das nossas terras e estamos
prontos e preparados para lutarmos”, garante Terena.
O
movimento da comunidade terena já rebatizou a fazenda com o nome “Aldeia Nova
Esperança”, e as sete aldeias da região aguardam a posse definitiva da
propriedade. A propriedade tem uma área de 33 mil hectares que é reivindicada
pelos terenas.
A Polícia
Federal está organizando a operação de despejo, mas ainda não há uma data
definida para realizar a retirada dos índios. A Funai (Fundação Nacional do
Índio), juntamente com o Ministério Público Federal recorreram da decisão, mas
não houve julgamento do recurso contra o despejo.
Histórico
No dia 30
de maio deste ano, durante a desocupação da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, o
índio Oziel Gabriel, 32 anos, foi baleado e morreu no hospital. A Polícia
Federal abriu inquérito para descobrir quem foi o autor do tiro que matou o
indígena.
A Força
Nacional também deve reforçar a operação de desocupação em Aquidauana, que
deverá contar ainda com a Tropa de Choque da PM.
Fonte: MIDIAMAX
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