segunda-feira, 27 de maio de 2013

Estudantes indígenas da zona rural em Grajaú-MA, ainda não iniciaram ano letivo/2013


Faltando pouco mais de um mês para o término do semestre letivo na maioria das escolas das zonas rurais indígenas em Grajaú-MA, tem estudantes que ainda não souberam, este ano, o que é ter uma única aula. A Secretaria de Educação (SEDUC), informou que ainda irá sair uma segunda lista do seletivo indígena, e com isso os estudantes matriculados, ficam aguardando em casa, pela contratação dos professores.

O que preocupa os professores é o fato de, numa mesma escola, algumas turmas estarem “adiantadas” e outras sem sequer o primeiro dia de aula. “Estas turmas terão reposição, terão aula, inclusive, nos finais de semana”.

“O ano letivo já está comprometido”, lamenta professores tanto brancos como indígenas. “É grave. Nenhuma escola do município está funcionando 100% por cento”, revelam. 

Uma especialista em educação infantil, garante que prejuízos como estes jamais serão recuperados. “Tirar um atraso de 60 dias de aula em um ano letivo é sempre preocupante e muito prejudicial ao aprendizado”, afirma. Nos últimos anos, as paralisações na rede municipal de ensino têm sido muito frequentes. Os motivos são sempre os mesmos: falta de merenda, falta de professor ou luta por reposição salarial. Ou os três juntos.

O fato é que, em função destes constantes “hiatos” no aprendizado, muitos alunos desistem de concluir o ano. Outros perdem o estímulo. A maioria não aprende como deveria aprender. Isso numa cidade como Grajaú onde tem crescido assustadoramente o número de viciados em drogas e as estatisticas revelam que a maioria dos jovens assassinados não tem, sequer, o ensino médio.

“Juntos Trabalhamos Melhor”...



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