Faltando pouco mais de um mês
para o término do semestre letivo na maioria das escolas das zonas rurais
indígenas em Grajaú-MA, tem estudantes que ainda não souberam, este ano, o que
é ter uma única aula. A Secretaria de Educação (SEDUC), informou que ainda irá
sair uma segunda lista do seletivo indígena, e com isso os estudantes
matriculados, ficam aguardando em casa, pela contratação dos professores.
O que preocupa os professores
é o fato de, numa mesma escola, algumas turmas estarem “adiantadas” e outras
sem sequer o primeiro dia de aula. “Estas turmas terão reposição, terão aula,
inclusive, nos finais de semana”.
“O ano letivo já está comprometido”,
lamenta professores tanto brancos como indígenas. “É grave. Nenhuma escola do
município está funcionando 100% por cento”, revelam.
Uma especialista em educação
infantil, garante que prejuízos como estes jamais serão recuperados.
“Tirar um atraso de 60 dias de aula em um ano letivo é sempre preocupante e
muito prejudicial ao aprendizado”, afirma. Nos últimos anos, as paralisações na
rede municipal de ensino têm sido muito frequentes. Os motivos são sempre os
mesmos: falta de merenda, falta de professor ou luta por reposição salarial. Ou
os três juntos.
O fato é que, em função destes
constantes “hiatos” no aprendizado, muitos alunos desistem de concluir o ano.
Outros perdem o estímulo. A maioria não aprende como deveria aprender. Isso
numa cidade como Grajaú onde tem crescido assustadoramente o número de viciados
em drogas e as estatisticas revelam que a maioria dos jovens assassinados não
tem, sequer, o ensino médio.
“Juntos Trabalhamos Melhor”...
Nenhum comentário:
Postar um comentário