Cupim, sujeira,
teto desabando, falta de estrutura. Esses são alguns dos problemas enfrentados,
nas escolas, pelos estudantes da Reserva Indígena Guajajara em Bom Jardim, uma
situação que tem tirado o sossego de pais e também de professores.
O que foi encontrado em algumas escolas foi
uma situação de abandono, a maioria dos prédios estão a vários anos sem passar
por nenhuma melhoria, no ano passado apos varias reuniões com a FUNAI,
Universidades e representantes de diversas etnias indígenas o MP elaborou um
termo de ajustamento de conduta, onde ficou defendido que o estado iria
fornecer toda a estrutura necessária para o funcionamento das escolas indígenas
no Maranhão, Mas até agora nada foi feito.
"Na pratica só o que foi feito foi o
levantamento da real situação da estrutura física dos prédios escolares nas
aldeias e de como funciona as escolas, apenas isso, mas providencias nada,
apenas é dito que estão encaminhados os processos que estão tramitando, mas
sabemos que já deu tempo para SEDUC resolver caso quisesse os problemas das
aldeias". Disse Flauberth professor de uma das aldeias.
De acordo com o termo de compromisso firmado
com o Ministério Publico Federal, a Secretaria de Estado de Educação tinha um
prazo de 10 meses a partir da data da assinatura do documento para cumprir as
determinações.
Na aldeia Januária em Bom Jardim, funciona a
escola polo, onde estudam mais de 300 alunos, o corpo docente e composto por 33
professores que se desdobram para alfabetizar crianças, jovens e adultos com as
poucas condições oferecidas.
Mais adiante na aldeia tabocal, a situação é
pior, a escola foi construída a quase 15 anos e durante esse período nunca foi
reformada, os cupins tomam conta das paredes, e o telhado esta vindo abaixo.
"Se nao for a gente pra tomar
iniciativa para que as coisas melhorem, nada é feito, apesar que até eu ja deu
vontade desistir da educação indígena. Disse Dejacy que tambem é um dos
professores da aldeia.
A cada ano, a quantidade de estudantes só
aumenta, o que se torna uma preocupação também para os pais. "Não tem
zelador, nao tem merendeira, nao tem merenda, nao tem nada, só tem os
professores e ainda dou graças a deus que tem eles pra ensinar nossa crianças".
Disse dona Maria Zulmira Guajajara que é lavradora e mãe de aluno.
A unidade regional de Santa Ines informou
que as soluções para os problemas das aldeias ja estao sendo providenciadas, e
algumas medidas já serão colocadas em pratica este ano.
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