quinta-feira, 22 de novembro de 2012

II Seminário Nacional de Juventude Indígena


De 25 a 30 de novembro de 2012, será realizado no Centro de Formação Vicente Cañas, Luziânia - GO, o II Seminário Nacional de Juventude Indígena, os organizadores do evento têm a expectativa de receber mais de 100 jovens, adolescentes e lideres indígenas de todas as regiões do país. Com o objetivo de incentivar o protagonismo político, cultural e social dos jovens e adolescentes indígenas, fortalecendo assim a identidade étnica de cada um.

Os temas desse Seminário serão abordados, seguindo a atual situação política e social, em que se encontram os povos indígenas na atualidade, serão realizadas mesas temáticas sobre Saberes Tradicionais e Desafios Atuais, Histórico Sobre o Movimento Indígena, Território e Meio Ambiente, Cultura, Esporte e Lazer, Educação Indígena, Prevenção Contra Drogas e Álcool na Juventude Indígena.

Na abertura do Seminário, que está prevista pra o dia 26 no auditório da UNB em Brasília, o grande líder indígena Raoni Caiapó, será homenageado pelos organizadores, parceiros e participantes do evento, pois Raoni é uma pessoa ilustre para o movimento social indígena, e que em sua trajetória de vida, lutou e luta pela regularização dos territórios indígenas, pela preservação da cultura, meio ambiente, pelo crescimento sustentável e social dos povos e o mais importante, fortaleceu a resistência dos povos indígenas do Brasil.

Esse Seminário foi idealizado e será realizado, pela Comissão Nacional da Juventude Indígena, e só através da garra e da força desses jovens da comissão que puderam contar com a correalização de parceiros fortes como o Ministério da Cultura, FUNAI, UNICEF, IDAC, APIB, CIMI, Secretaria Nacional da Juventude, GIZ, Ministério da Justiça, Secretaria Geral da Presidência da Republica, Secretaria da Cidadania e de Igualdade Racial, Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, Cooperação Republica Federativa do Brasil e Republica Federal da Alemanha.

Informações sobre o evento serão atualizadas diariamente, através de sites e rede sociais como Face Book, site da APOINME, MINC, FUNAI entre outros parceiros, o seminário será transmitido em stream ao vivo, através do link: http://www.ustream.tv/channel/ii-seminarioindigena

II Seminário Nacional da Juventude Indígena, lutando pela preservação cultural, protagonismo juvenil, fortalecimento da resistência e desenvolvimento dos povos indígenas dessa terra chamada Brasil.
Esta entrada foi publicada em. http://apoinme.org.br/2012/11/ii-seminario-nacional-da-juventude-indigena



Funai realiza oficinas do projeto “Saberes Culturais das Mulheres Indígenas”

O projeto "Saberes Culturais das Mulheres Indígenas", promovido pela Coordenação Regional da Funai e apoiado pelo Museu do Índio, já realizou duas oficinas com 115 mulheres da etnia Suruí. O objetivo do projeto é estimular as mulheres indígenas a seguir desenvolvendo o artesanato e demais formas de expressões culturais tradicionais, visando também à geração de renda.

A primeira oficina aconteceu no período de 30/10 a 2/11, na Terra Indígena Sete de Setembro, com a participação de 60 mulheres das aldeias Tikan, Lobo, Lapetanha, Joaquim, Amaral e Naekodabalaquiba. Já a segunda realização ocorreu entre os dias 6 e 9/11, na aldeia sede, com a participação de 55 jovens e adultas, das aldeias Paiter das linhas 8, 9 e 10. “Com essa oficina, as mulheres de idade ensinaram a fazer balaio, rede e cesta e as meninas aprenderam um pouco com cada experiência (...). Foi muito importante pra mim, pois aprendi como fazer artesanato”, relatou Eloísa Suruí.

Ainda está prevista a realização de outras três oficinas nas terras indígenas Sete de Setembro, Rio Mequéns e Roosevelt, englobando as etnias Sakirabiar, Kwazá, Aikaná e Cinta Larga. “O objetivo principal é ensinar à nova geração os saberes culturais e, com isso, poder preservar a cultura voltada ao artesanato e, ainda, com a confecção das redes, poder gerar renda para ajudar as famílias. Pudemos observar que a maioria das mulheres não sabiam confeccionar rede, tipoio, balaio, cestos, peneiras e esteiras”, conta a servidora da Funai, Ana Neri, uma das executoras do projeto.

Ao mesmo tempo em que ocorrem as oficinas com as mulheres, os homens mais velhos ensinam aos jovens músicas, danças e outras manifestações tradicionais. “Na aldeia linha 09, além dos trabalhos femininos, vi a preocupação que os mais velhos tinham em ensinar aos mais jovens a dança tradicional, a cantar o canto, onde coloca todos os acontecimentos na música do seu povo. No momento em que as mulheres teciam seus artesanatos, os homens ensinavam a dança, a musica e como usar o passo certo a cada pisada no chão, também a forma correta de como usar o arco e a flecha na hora da dança, vi que todos os jovens levaram horas e horas para aprender a dançar e cantar e conseguiram”, disse Welington Rodrigues Cinta Larga.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ministério Público promoveu encontro com índios Guajajaras sobre queimadas em Grajaú


Encontro positivo entre o promotor de Justiça Carlos Róstão e os índios Guajajaras sobre queimadas em Grajaú. Depois da grande caminhada promovida pelo Dr. Carlos Róstão, responsável pela defesa do Meio Ambiente no município, desta vez o encontro foi com as lideranças Guajajaras das seguintes aldeias: Diocleciano Sousa - Aldeia Cajueirinho, Alderico Lopes - Aldeia Itacoatiara, Salomão Guajajara - Aldeia Chapadinha I, Maria Aurora de Sousa Guajajara - Aldeia Chapadinha II, Darlan Marizê Lopes - Representante Regional da FUNAI em Grajaú. 

Onde participaram de uma palestra no período da manhã, na Câmara Municipal de Grajaú promovida pelo Ministério Público e Corpo de Bombeiro do Maranhão, representado pelo Tenente Belo - responsável pela instrução e participação no combate ao fogo. “Todos os índios são responsáveis no combate ao fogo em suas terras.” - disse o mesmo. A idéia é que sejam formadas brigadas de combate aos incêndios nas aldeias, pois são conhecedores e tem prática milenar na preservação da natureza.

Outros assuntos tratados também pelas lideranças indígenas foram: invasão da reserva indígena Bacurizinho por madeireiros, pistolagem, queimadas criminosas, técnicas de preservação da floresta.

Na ocasião Dr. Carlos Róstão acompanhado pelos jornalistas locais, fizeram sobrevôo pelas áreas afetadas pelas queimadas nas proximidades de Grajaú, onde constataram uma destruição generalizada, precisando de cuidados urgentes para reverter esta situação de calamidade pública ambiental.

Postado por Jonaton A. S. Junior 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Representantes de 10 etnias do Maranhão e Amazonas participam de reunião na Funai


A presidenta da Funai, Marta Maria Azevedo, recebeu nesta terça-feira (6), em Brasília, 200 representantes de 10 etnias dos estados do Maranhão e Amazonas. A audiência foi solicitada pelos indígenas para discutir a situação vivenciada pelos povos e comunidades nos dois estados. Também participaram da reunião, o diretor de Proteção Territorial (DPT), Aluisio Ladeira Azanha, e assessores da presidência da Funai.

Representantes de cada etnia apresentaram as dificuldades vivenciadas nas suas regiões, tais como a invasão das terras indígenas por madeireiros, grileiros, caçadores e pescadores para exploração dos recursos naturais e a forte presença de não indígenas, morando em áreas já demarcadas. As lideranças reforçaram a solicitação de suas comunidades por medidas de demarcação, fiscalização e extrusão das terras indígenas.

Aluisio Azanha reafirmou o compromisso que a Funai tem assumido com os povos indígenas do Maranhão, no sentido de fortalecer a gestão territorial e ambiental das terras indígenas e promover a continuidade das demarcações no estado, mesmo diante do cenário político adverso. Segundo ele, a Funai tem investido, nos últimos anos, em políticas de fiscalização a fim de garantir a posse plena das terras aos indígenas. No entanto, analisou que somente ações repressivas por parte do Estado brasileiro tem se mostrando insuficientes para reverter e enfrentar a problemática de invasões e atividades ilícitas nas terras indígenas, considerando a especificidade do contexto do estado do Maranhão.

O diretor exemplificou que, na TI Alto Turiaçu (MA), está em execução uma experiência de gestão do território, a partir de ações de vigilância e monitoramento, que articulam aspectos ligados ao etnodesenvolvimento, gestão ambiental e promoção social. A experiência conta com a participação efetiva dos povos indígenas e da Coordenação Regional da Funai em Imperatriz e, constatados os resultados positivos, deverá ser multiplicada às demais terras indígenas do estado.

Já a presidenta da Funai afirmou que o Maranhão é um estado prioritário para a gestão devido às dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas. “O Maranhão foi o primeiro lugar que visitei ao assumir a Funai. Pude presenciar no local a exploração ilegal de madeira, e por isso mesmo, a proposta tem sido fazer projetos de desenvolvimento sustentável nas terras indígenas aliados ao monitoramento territorial com participação efetiva das comunidades”, afirmou.

Os indígenas ainda reivindicaram a revogação da Portaria 303/AGU e a instalação, pela Funai, do Comitê Gestor da Coordenação Regional em Imperatriz (MA). “Apenas com a instalação do Comitê vamos poder garantir a participação de todos os povos indígenas na gestão da Funai na nossa região”, disse a representante do Conselho de Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima).

Outra reivindicação dos indígenas foi a estruturação das Coordenações Técnicas Locais (CTLs) da Funai. Sobre o assunto, a presidenta afirmou estar em diálogo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para aprovação de um plano de investimento destinado a acelerar a instalação e estruturação das CTLs em todo o país.